7 de março de 2012

Instituições nacionais afastam mexidas em contratos em vigor

Os principais bancos portugueses garantem que não fizeram nem pretendem fazer alterações às taxas de ‘spread’ dos créditos já concedidos.


Apesar de o aumento dos ‘spreads' nos novos contratos de crédito à habitação ser uma certeza, os bancos nacionais rejeitam a hipótese de mexer nos contratos actualmente em vigor.

A possibilidade de um aumento unilateral dos ‘spreads' por parte das instituições bancárias gerou polémica no final do ano de 2010. Na altura, o Banco de Portugal (BdP) afirmou que os bancos têm o poder de aumentar os ‘spreads' e outros encargos dos contratos de crédito, se as condições de mercado o justificarem e se tal possibilidade constar do acordo assinado. Meses mais tarde, em Maio do ano passado, o regulador libertava uma carta circular em que determinava o código de conduta sobre a utilização destas cláusulas.

No entanto, todos os bancos contactados pelo Diário Económico rejeitam um possível aumento nos ‘spreads' dos contratos actualmente em vigor. O BPI garante não ter "essa cláusula [que prevê o aumento unilateral da taxa] nos nossos contratos". No mesmo sentido, fonte oficial do Santander Totta revelou que o banco não tem "essa cláusula nos contratos de Crédito Habitação". A mesma resposta foi dada pelo BCP, que garantiu que "os contratos de crédito de habitação do Millennium BCP não contêm uma cláusula que permita a alteração unilateral de ‘spreads'.


In site "ECONÓMIO" no dia 07 de Março de 2012