6 de abril de 2011

Rota da Queijada de Pereira - Percurso turístico

Nos dias 16 e 17 de Abril de 2011, irá realizar-se mais uma Festa da Queijada de Pereira com animação, Colóquio, Workshop e ainda a Rota da Queijada. Este programa está inserido nas Comemorações do 45º Aniversário do Grupo Folclórico da Vila de Pereira, ao qual deixo desde já os meus mais sinceros parabéns.


Gostaria assim de incentivar todos os moradores da urbanização a participarem nesta festa, pois será um excelente momento para poderem ficar a conhecer um pouco de História e Tradição da Vila que habitamos e provar a maravilhosa doçaria conventual que nesta terra se produz.



















Um pouco de história das Queijadas de Pereira:


A Queijada é um doce tradicional da freguesia de Pereira, concelho de Montemor-o-Velho e faz parte da memória colectiva desta comunidade desde tempos remotos. A sua origem é ancestral, sendo já referenciada no Foral Manuelino de 1 de Dezembro de 1513. O sei modo de fabrico artesanal tem sido transmitido através das gerações, executado apenas por mulheres. A tradição refere a sua ligação ao Real Colégio das Ursulinas de Pereira, fundado nesta vila em 1748, como ponto de partida para a sua divulgação. Também por esta época, as Queijadas de Pereira terão sido pintadas por D. Josefa d’Óbidos, famosa pintora portuguesa. Teve sempre um papel importante na economia local, através do seu fabrico e comercialização, alargado a outros locais, no século XIX, com o comboio. Tem como ingredientes o queijo fresco produzido localmente, gemas, açúcar e farinha. Caracterizada pelos seus 7 bicos, é cozida em forno de lenha e deve ficar bem loura para adquirir o seu sabor natural.





Fotografia com Direitos reservados para " Queijadinha - Doçaria Conventual"

E para vos adoçar a boca:




Video com Direitos reservados para " Queijadinha - Doçaria Conventual"




Roteiro turístico de Pereira



A freguesia situa-se na margem esquerda do Rio Mondego, tem uma área de 12,95 Km2 de terras planas, distando 12 km da sede de concelho.


A origem da povoação de Pereira parece estar ligada às vicissitudes do processo de Reconquista do território aos mouros. Em 1158, o lugar já era habitado. Teve foral dado pelo rei D. Dinis em 1282, o que atesta a importância da povoação. Em 1513, Pereira recebeu foral novo dado pelo rei D. Manuel I.


O rei D. João II deixou Pereira e o seu reguengo em testamento ao filho D. Jorge, criando a Casa de Aveiro; assim ficou até 1759, altura em que esta Casa foi extinta devido à conspiração levada a cabo contra o rei D. José I.


Em 1831, havia apenas uma freguesia no concelho de Pereira, cuja antiguidade pode remontar a tempos anteriores a 1282 (concessão do foral). O concelho foi extinto em 1836, tendo-se iniciado um período de estagnação e decadência. Em 1842, pertencia ao concelho de Santo Varão, até que este foi extinto em 1853, altura em que passou para o concelho de Montemor-o-Velho.


Pelo Decreto-Lei 79/91 de 16 de Agosto, foi Pereira elevada à categoria de vila.




O centro Histórico da Vila - Edifícios a Visitar


As visitas irão decorrer nos dias 16 e 17 de Abril, das 10h00 às 17h00

Mínimo 15 participantes
Inscrição prévia: 938510616 (Diana Roxo), 938959488 (Eduardo Roxo).
Inclui visita aos produtores e prova de doçaria.









Igreja Matriz / Santo Estêvão - (7)


Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1951, é um edifício típico provinciano da transição de quinhentos para seiscentos. A sua construção data de 1595, tendo sofrido uma importante reforma no século XVII. A Igreja assenta sobre uma mais antiga, estando agora a um nível superior, devido a alteamentos sucessivos do pavimento (uma vez que era constantemente inundado pelas enchentes do Mondego). Tem por orago Santo Estevão.


Igreja da Misericórdia - (6)


Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1978, a Igreja foi construída a partir da Capela de Nossa Senhora da Piedade e teve o seu início em 1724. Sofreu obras e acrescentos ao longo dos séculos. Igreja de planta longitudinal, de uma só nave, com coro-alto assente em colunas. Tem capela-mor e na nave três retábulos e tribuna dos mesários suportada por colunas jónicas.


Celeiro dos Duques de Aveiro - (4)


Classificado como Imóvel de Interesse Municipal, foi construído no século XVI pelos Duques de Aveiro, tendo como função recolher os cereais, principalmente o milho, proveniente das terras do ducado. Há notícia do brasão dos Lencastre ter sido danificado no século XVIII. Arquitectura utilitária de óptima traça arquitectónica não só quanto à funcionalidade do interior e perfeitamente adequada à função, mas também quanto aos materiais empregues. O despojamento decorativo do edifício decorre naturalmente da função que ocupava.