3 de fevereiro de 2011

''Água limpa para um mundo saudável''

Em 2010, o Dia Mundial da Água foca a sensibilização para a qualidade. Estima-se 1,1 biliões de pessoas sem acesso a água potável.

Em Portugal, a situação evoluiu positivamente nas últimas décadas. Mas ainda há muito a mudar para uma gestão mais eficaz. Está nas mãos das entidades gestoras da rede pública, produtores de equipamentos e consumidores.


Abastecimento de água


O Plano Estratégico para o Sector das Águas pretende servir cerca de 95% da população com sistemas públicos. Em 2007, 92% da população cumpria esse objectivo, segundo o Relatório Anual do sector de Águas e Resíduos em Portugal. Mas o ERSAR aponta apenas 86 por cento. O investimento em infra-estruturas e promoção da efectiva adesão dos utilizadores terá de continuar, para garantir a utilização de um serviço com forte impacto na vida dos cidadãos e saúde pública.

Nos últimos 16 anos, a percentagem de água controlada de boa qualidade cresceu. Em 1993, apenas cerca de 50% da água era controlada e tinha boa qualidade. Em 2008, este indicador estava muito próximo dos 97 por cento. Entidades gestoras de pequena dimensão e com um número significativo de zonas de abastecimento deverão rapidamente corrigir estas falhas, fáceis de resolver.

O País atingiu a melhor situação de sempre no controlo da qualidade da água para consumo humano e confirma a tendência de melhoria dos últimos anos. Pela primeira vez foi atingido um valor de cumprimento da frequência regulamentar de amostragem acima dos 99% e mais de 97,6% dos valores paramétricos. Quanto à vigilância sanitária, não há evidências que os incumprimentos registados em 2008 tiveram repercussões negativas na protecção da saúde humana.


Saneamento de águas residuais


Face a 2007, o PEAASAR II - Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais - fixa para 2013 dotar 90% da população com rede de drenagem e estação de tratamento de águas residuais:
  • o nível estimado de atendimento em drenagem e tratamento de águas residuais era, em 2007, respectivamente de 80% e 72%, segundo o Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água e de Águas Residuais (INSAAR);
  • o desenvolvimento das redes de drenagem e dos sistemas de tratamento não tem sido uniforme. Os concelhos nas bacias hidrográficas da região sul apresentam maior cobertura de ambos os serviços;
  • no tratamento, mantêm-se redes de drenagem sem assegurarem o tratamento a jusante, o que origina a concentração da poluição em descargas tópicas significativas;
  • o da reabilitação de colectores, ramais de ligação e obstruções em colectores;
  • análises de águas residuais e cumprimento dos parâmetros de descarga. As entidades gestoras devem realizar as análises requeridas pela lei, bem como ampliar as estações de tratamento;
  • destino final de lamas (média: 19%; valor de referência: 100%). Urge promover continuamente o destino final adequado de lamas do tratamento.
O PEAASAR II estima a necessidade de investimentos nos sistemas de abastecimento e saneamento na ordem dos € 7630 milhões, entre 2007 e 2013.






In site DECO