6 de maio de 2011

Grupo de Teatro "O Celeiro" - Um pouco de História

Pereira é uma vila com profundas raízes teatrais. No palco do Celeiro dos Duques de Aveiro já se realizaram inúmeros espectáculos, pelo então Grupo de Teatro de Pereira.

Contudo este acaba por morrer e a Vila de Pereira sente a necessidade de voltar a assistir teatro. É então, que em 1999 nasce novamente um grupo de teatro: O Celeiro. 

O Celeiro é criado a partir da Associação Desportiva Cultural e Recreativa de Pereira, Associação sem fins lucrativos, que tem a sua sede no Lugar e Freguesia da Vila Pereira Concelho de Montemor-o-Velho e surge para proporcionar à comunidade um espaço de diálogo artístico, formação e debate, oferecendo uma programação cultural que conquiste novos públicos de teatro. Com isto queremos manter as raízes populares e tradicionais, que trazem o enriquecimento aos habitantes e a promoção da Vila de Pereira.



Celeiro dos Duques de Aveiro


Arquitectura utilitária de óptima traça arquitectónica não só quanto à funcionalidade do interior e perfeitamente adequada à função mas também quanto aos materiais empregues. O despojamento decorativo do edifício decorre naturalmente da função que ocupava. Edifício de dois pisos. Sobre a porta que é servida por uma escada alpendrada, encontra-se o escudo dos Lencastres.

Foi construído no século XVI pelos Duques de Aveiro, tendo como função recolher os cereais, principalmente o milho, proveniente das terras do ducado. Há notícia do brasão dos Lencastre ter sido danificado no século XVIII.

Planta rectangular simples, regular, disposta longitudinalmente, massa simples. Cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Fachada principal orientada a 0este composta por pano único limitado pela escada de acesso ao segundo piso e pelo cunhal pétreo; dois pisos definidos pela linha da fenestração, com uma janela gradeada e uma porta de volta perfeita no primeiro registo e uma fresta de emolduração em pedra, no segundo. A marcar a transição entre os dois, insere-se a escada de dois lanços, fruto de restauro recente o primeiro, sendo o segundo coberto por um alpendre assente em pilares, que cobre duas portas de verga recta, apresentando a principal o brasão dos Lencastre, no lintel. Remata em cornija simples que serve de suporte ao telhado de beiral saliente. O alçado Norte tem pano único, limitado pelos cunhais e dois pisos rasgando-se no primeiro duas portas de verga recta e no outro uma janela quadrada com portadas de madeira, apresentando idêntico coroamento ao descrito atrás. O alçado Este com organização idêntica, varia no número de aberturas no primeiro registo, duas portas de verga recta alternando com duas janelas gradeadas e no segundo registo uma janela rectangular e duas frestas. A Sul o celeiro encosta-se a construção mais baixa, libertando o segundo registo do alçado, no qual se rasga uma janela quadrada. O interior tem espaço único de duas naves separadas por arcada de pleno centro, com cobertura em abóbada de aresta, iluminadas pelas janelas e portas que se rasgam na estrutura murária.